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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

CHAMO-TE


Chamo-Te porque tudo está ainda no princípio
E suportar é o tempo mais comprido.
Peço-Te que venhas e me dês a liberdade,
Que um só de Teus olhares me purifique e acabe.
Há muitas coisas que não quero ver.
Peço-Te que sejas o presente.
Peço-Te que inundes tudo.
E que o Teu reino antes do tempo venha
E se derrame sobre a Terra
Em Primavera feroz precipitado.

Ilustração Patrícia Metola
Sophia de Mello Breyner Andresen

terça-feira, 16 de novembro de 2010

CONTIGO E SENTIGO


Sabemos como foi uma paixão pelo modo como ela termina. Esta frase está no livro “O passado”, do argentino Alan Pauls, mas não precisaria estar em livro nenhum para que a avalizássemos. A maneira como se coloca o ponto final nas relações deixa evidente o verdadeiro espírito que norteou o que foi vivido.

Que tipo de final desejamos? De preferência, nenhum. Todos querem um amor para sempre, desde que ele se mantenha estimulante, surpreendente, à prova de tédio. Ou seja, um amor miraculoso. Como milagre é do departamento das coisas impossíveis, é natural que as relações durem alguns anos, ou muitos anos, e depois acabem. Lei da vida. Sofre-se o diabo, mas raros são aqueles que nunca passaram por isso. O que fazer para amenizar a dor? Talvez ajude se analisarmos o final para entender como foi o durante.

Há os finais chamados civilizados. Ambos os envolvidos percebem o desgaste do relacionamento, conversam, tentam mais um pouco, conversam novamente, arrastam a história mais uns meses, veem que nada está melhorando, aguardam passar o Natal e o Ano-Novo, fazem uma última tentativa e então decidem: fim. Lógico que é dilacerante. Não é fácil fazer uma mala, dividir os pertences e estipular visitas aos filhos, quando há filhos. A solidão espreita e assusta, e um restinho de dúvida sempre surge na hora do abraço de despedida. Mas foi um the end sem derramamento de sangue. Como conseguiram a façanha? Provavelmente porque sempre escutaram um ao outro, porque não fizeram da relação um campo minado, porque as brigas eram exceções e não regra. É possível também que a relação fosse mais racional do que animal: ternura é bem diferente de paixão. Mas, enfim, mesmo sofrendo com a ruptura, deram a ela um fim digno, condizente com o que de bacana viveram juntos.

Agora vamos ao outro tipo de separação. Tire as crianças da sala.

A relação acaba geralmente depois de um ataque de ofensas, de uns “não aguento mais”, de muita choradeira, de cortes na alma, de desconstrução total. Garanto que se amam mais do que aquele casal que se separou assepticamente, mas perderam toda a paciência um com o outro, e também todo o respeito, e atingiram um limite difícil de transpor. Por que, depois desse quebraquebra, não tentam um papo conciliador? Ora, porque não fazem a mínima ideia do que seja isso.

Sempre foram atormentados pelo ciúme, pelas implicâncias diárias, pela alternância de “te amo” e “te odeio”. Terminam falando mal um do outro para quem quiser ouvir, e não raro aprontam umas vingançazinhas. Tudo muito longe do sublime.

Tive um vizinho que gritava com a namorada ao telefone, sem se importar que o prédio inteiro ouvisse: — Não sei o que fazer! Fico mal contigo e fico mal “sentigo”! Sempre achei essa situação desoladora, e nem estou falando do português do sujeito. É duro ter apenas duas alternativas (ficar ou ir embora), e ambas serem terríveis.

Quando acaba docemente, é sinal de que você foi feliz e nada há para se lamentar. Se acaba de forma azeda, é porque a relação era mesmo uma neura e tampouco se deve lamentar. Nos dois casos, a performance final ao menos ajuda a compreender o que foi vivido e a se preparar para um novo amor que não acabe nunca. Em tese.

Marhta Medeiros
Virilhice de Liana

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

DESPEDIDAS VIRTUAIS


Você já terminou um relacionamento pela internet ou por uma mensagem de celular?

NO SÁBADO passado, no Museu da Imagem e do Som de São Paulo, Xico Sá, Bebel Bertuccelli e eu comentamos os resultados de uma pesquisa, realizada pela Nokia, sobre a relação dos brasileiros com as ferramentas sociais da era digital.
Uma das perguntas da pesquisa dizia: "Você já terminou ou já terminaram um relacionamento com você via internet ou por mensagem de celular?".
Responderam positivamente 15% dos entrevistados. Já antes do debate, essa história de namoros terminados com uma mensagem virtual fez que eu fosse repetidamente consultado: o que achava desse horror tecnológico, hein?
Pois é, tendo a considerar esse tipo de despedida virtual com uma certa simpatia.
1) Em geral, aceitamos que, para muitos homens e mulheres, seja mais fácil encontrar alguém no mundo virtual do que no mundo real. Entendemos, por exemplo, que, na hora de seduzir, os tímidos, retraídos, acanhados ou inibidos soltem mais facilmente os dedos no teclado do que a palavra num encontro cara a cara.
Nota: seria injusto contrapor os que preferem o virtual aos que preferem o real como se os primeiros fossem mentirosos e, os segundos, honestos e sinceros. Virtual ou real, o encontro inicial é quase sempre um jogo em que se trata de convencer o outro de que somos alguma coisa que nem nós acreditamos ser. Quem prefere teclar talvez se esconda graças à distância, mas quem prefere falar ao vivo não abre sua alma: apenas desprende a lábia.
2) Se aceitamos que o virtual facilite a abordagem e as primeiras trocas, por que não deixaríamos que o virtual facilite também as despedidas? De fato, o virtual permite que os tímidos, os retraídos etc. declarem sua vontade de se separar, e isso sem medo de encarar torneios verbais que eles perderiam e que produziriam tentativas culpadas, penosas e infinitas de "reatar mais uma vez".
3) No começo de uma relação amorosa, o virtual talvez sirva para mentir melhor; no fim de um amor, ele pode ajudar a dizer a verdade, ou seja, a reconhecer, enfim, que uma relação está continuando apenas como mentira compartilhada.
4) Em média, a dificuldade em "encontrar alguém" não é maior do que a dificuldade em se separar quando uma relação não vale mais a pena.
5) Os tempos de solidão, durante a procura frustrada de um parceiro ou de uma parceira, são tão longos quanto os tempos de solidão de parceiros que vivem sem paixão, sem amizade e, às vezes, no rancor.
6) A insatisfação de quem procura um amor é esperançosa, enquanto a vida dos que não conseguem se separar é resignada.
7) Um SMS ou um e-mail de despedida podem surpreender quem os recebe, mas só como a revelação de algo que ele já sabia e, por alguma covardia, não confessava nem a si mesmo: ninguém termina virtualmente um amor que não esteja realmente morto.
8) Às vezes, sobretudo (mas não só) nas mulheres, a reação de quem recebe a mensagem de despedida é um pensamento delirante: o outro se separa de mim por SMS porque, se aparecesse na minha frente, ele teria que se render ao amor que ele ainda sente por mim (ele não sabe, mas eu sei que ele sente). Nesse caso, salve-se quem puder.
9) Toda separação é, no mínimo, a perda de um patrimônio comum de experiências e memórias. A dor dessa perda é frequentemente projetada no outro: digo que não posso ou não ouso me separar por e-mail ou SMS porque não quero machucar o outro, enquanto, de fato, é minha dor que quero evitar -com isso, eternizo o declínio da relação e o sofrimento do casal.
10) A convivência numa relação morta é um limbo confortável: para ambos, uma espécie de trégua do desejo. A separação apavora com a perspectiva de voltar a desejar. Antes de mandar um fatídico SMS, alguém hesita: "Vai ser difícil voltar à ativa com a minha idade" -e vai ser mesmo. Ou, então, pergunta: "E se eu ficar sozinho?"; resposta: "Mas você já está sozinho, há tempos".
Moral da história. É bom tentar tudo o que der para que uma relação vingue. Quando ela não vinga (mais), é bom ousar se separar. E deveríamos agradecer os parceiros que nos mandam um SMS lacônico e brutal, "Valeu, beijão e sorte". Pois, desprendendo-se, eles nos libertam e encurtam um processo no qual poderíamos perder anos da vida.

CONTARDO CALLIGARIS
Virilhice de Virgínia

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

SAMAMBAIA


Pessoal,

Aí está mais um episódio da samambaia, agora com mais emoção.
A autora é oculta, mas ela existe e é linda!!

Samambaia, de novo...
Tenho que parar e me curar.
Parar, rodar, rodar, rodar,...colocar os cachos no sol e olhar pela janela.
Vida de samambaia de novo.
Nem eu dou pra samambaia e nem você dá pra jardineiro.
Vou te plantar do lado de fora e regar um pouco a cada trinta dias, com muita sorte.
Ah, sim, um almoço às terças-feiras pra demarcar o território na lembrança e firmar compromisso.
A ilusão das coisas certas. Nem sempre eternas, mas previsíveis. A diversão está lá fora? Beleza, não é pra mim.
Fiquei no meio do caminho, gosto do felizes para sempre e não normalidades para sempre. Dá pra falar de outra coisa, algumas das que me interessam ?
Ah, não...! solidão mata... ah, mata! Mata de tédio quem tá do lado e se sente mais só que acompanhada e fica parada como uma samambaia esperando aguinha!
To com sede, merda!
Esqueçam as boas maneiras, to cheia mesmo! Cheia de ficar calada, parada, ignorada e ainda ser taxada de "porquê quer transformar uma coisa pequena numa coisa grande?"
Foda-se... to de saco cheio de ter que ficar calada pra não me aborrecer!
Enchi!
Vou sair pra tomar um ar puro!
Foda-se o xaxim, o jardineiro...quero que todos vão pra pqp!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

CAÇA MOSQUITO ECOLÓGICO

SERVE PARA QUALQUER PERNILONGO, e MESMO O DA DENGUE, MOSQUITOS e INSETOS VOADORES:
Como matar mosquitos ecologicamente correto.
Para ajudar com a luta contínua contra os mosquitos da dengue e a dengue hemorrágica, uma idéia é trazê-los para uma armadilha que pode matar muitos deles.

O que nós precisamos é, basicamente:

200 ml de água,
50 gramas de açúcar mascavo,
1 grama de levedura (fermento biológico de pão, encontra em qualquer supermercado ) e uma garrafa plástica de 2 litros

Como fazer:

1. Corte uma garrafa de plástico (tipo PET) ao meio. Guardar a parte do gargalo:


2. Misture o açúcar mascavo com água quente. Deixe esfriar. Depois de frio despejar na metade de baixo da garrafa.


3. Acrescentar a Levedura . Não há necessidade de misturar. Ela criará dióxido de carbono.


4. Colocar a parte do funil, virada para baixo, dentro da outra metade da garrafa.


5. Enrolar a garrafa com algo preto, menos a parte de cima, e colocar em algum canto de sua casa.


Em duas semanas você vai ver a quantidade de pernilongos e mosquitos que morreu dentro da garrafa.


Além da limpeza de suas casas, locais de reprodução de pernilongos e mosquitos, podemos utilizar este método muito útil em: Escolas, Creches, Hospitais, residências, sítios, chácaras, fazendas, floriculturas. etc.
Não se esqueça da Dengue nos próximos meses: este pernilongo pode matar uma pessoa!

Virilhice de Geysa

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

VAIDADE OU ENGANO?


Amores,
estou encaminhando um texto simples e magnífico, que ficou bem alinhado com minha maneira de pensar.
Leiam!!! Vale a pena!!


“A vaidade nos conduz ao engano. É como um espelho de fundo falso. Não reflete nada”.

Eu acho, não sei se você acha, que a empáfia é uma das maiores demonstrações de inferioridade. Fico com pena quando alguém, sobretudo uma mulher, passa por mim com a cara amarrada. Adoro quando vejo uma mulher com postura elegante. Poucas coisas me decepcionam mais do que ver uma mulher fumando, por exemplo. E se você pensa que uma coisa não tem nada a ver com a outra, corta essa. A elegância é uma forma de expressão. Talvez a mais eficiente. Uma pessoa elegante expressa sua importância. Mas é preciso saber distinguir a elegância da imponência. Uma mulher pode ser elegante vestindo um short, calçando uma sandália ou coisa assim. O comportamento é que mostra o que somos. Quando sabemos nos comportar demonstramos nossos princípios.

Uma pessoa elegante nunca perde a linha. E perdemos a linha quando perdemos a paciência. E isso tanto vale para a mulher como para o homem. Tem nada a ver. Quando somos capazes de controlar nossas emoções somos superiores. E quando somos superiores não precisamos dizer que somos. Está parecendo papo enrolado? Mas a simplicidade é a raiz da importância. E não é fácil falar de uma coisa importante com simplicidade. Então permita que eu enrole um pouco mais. Não é fácil ser elegante; mas é muito simples. Se você quer ser uma pessoa elegante sem exibicionismo, seja simples. Sorria com simplicidade tanto quanto com sinceridade. A honestidade é um dos elementos indispensáveis à elegância.

Baixe um pouco mais seu tom de voz. Ninguém consegue ser elegante exibindo uma voz estridente. Mas não caia na esparrela dos regulamentos. Crie o hábito saudável de ser saudável. Nunca fale de seus problemas para as outras pessoas a não ser pra solicitar ajuda. E só peça ajuda na última instância. Pensamentos negativos não combinam com elegância. Tenha sempre em mente, lembre-se sempre, que você é o que você é, mas nem sempre o que você pensa que é. Não tente demonstrar o que você quer que as outras pessoas pensem de você. Seja o que você é e todos terão você como o que você é. E isso não é redundancia. Orgulhe-se de você, sempre. Não importa o erro que você possa ter cometido. O que importa é o quanto você aprendeu com ele. E quando aprendemos passamos para as outras pessoas o que aprendemos. O importante é que façamos isso com elegância. Mas, nunca com arrogância. Separar o joio do trigo é o vulgar mais elegante que há. Seja você no que você é e não no que você pensa que é. Pense nisso.

Virilhice de Angelica
Texto Afonso Rodrigues de Oliveira
Ilustração de Gosia Mosz

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

RÁDIO VIRILHA FM

Vale cada segundo de som!